terça-feira, 24 de novembro de 2009

Emir Kusturica


Emir Kusturica

  • Emir Kusturica has recently been into Caucasus. In Krasnodar, he was made a “Cossack”, after an initiation ceremony (drink rakia on a sword, kiss a horse and then ride it), which the director passed with success. Then, after a move in Ossetia, it was once more question that Emir Kusturica makes a documentary on the conflict between Georgia and the separatist region. But Emir Kusturica has just made clear into a newspaper that he is bounded, for the next four years, with the contract for the film Pancho Villa, which prevents him to make this documentary. It is thus very likely that this project stays in thedrawer.
  • Emir Kusturica has ordered a life-size statue of Johnny Depp, as in Pirates of the Caribbean. The actor reportedly liked the idea, and then he was asked for his exact body measurements. Emir : ”I laughed yesterday when I got the measurements of his body. If I was a tailor it would probably be normal for me, but I was really surprised when he sent me the dimensions of his head, forehead, shoulders, waist and other body parts. I can imagine how many women would like to know these dimensions.”. The statue shall be unveiled at next Küstendorf Film and Music Festival, next January, where a retrospective of Johnny Depp's films will take place, in his presence. The statue will be set on square Andreï Tarkovski. The sculptor will be Serbian artist Dragan Nikolic Baja.
  • Emir Kusturica will receive on 21 January 2010 the “Alexis II” prize of the International Fund of Unity of Orthodox Peoples. by Kiril, patriarch of all Russias, in the Christ-Saviour Cathedral of Moscow. Emir Kusturica was granted this prize for “his incredible work in favour of the unity of orthodox peoples and for his promotion of Christian values in Social life”.
  • For the 10th anniversary of the group, the Cultural Center of Serbia in Paris organises a photo exhibition of Dragan Teodorović “Zeko” on the No Smoking Orchestra. Opening of the exhibition will take place on 07/11, with Dr Dušan T. Bataković, ambassador of Serbia in France. Emir Kusturica : ”Zeko proposes here photos taken from the last ten years spent through the world with the No Smoking Orchestra, in the heart of all the greatest theatres open to rock music and to all sorts of music, including this one, which is very difficult to define… the music played by the “No Smoking Orchestra”. What is special in art and the documentary approach can be found into these photos. When you're in the position of shooting someone who is the source of an event, then the pictures can be great… You can here observe the faces in particular expressions, and, what is very well made under this rock & roll perspective, the capture of the light and the frame which reproduces a unique impression. Zeko is almost the best chronicler or rather the only chronicler of a long and beautiful friendship, as I like to say.
  • No Smoking Orchestra : the tour continues. It is also said that the the Zenith show in Paris, the No Smoking will be accompanied by the group “Vrelo”, as well as Milica Todorovic and Stevan Andjelkovic, the protagonists of the Opera "Time of the Gypsies". Here are the new dates of the tour :
    • 13/11 : La Havana, Cuba
    • 15/11 : Caracas, Venezuela
    • 29/11 : Banja Luka, Republika Srpska, Bosnia & Herzegovina
    • 15/12 : Toulouse, Le Phare à Tournefeuille (France)
    • 16/12 : Bordeaux, Espace Médoquine (France)
    • 19/12 : Paris, Zénith (France)

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Amor de Perdição de Manoel de Oliveira (1978)

Realização Manoel de Oliveira Argumento Manoel de Oliveira Produção IPC - Instituto Português de Cinema, Tóbis Portuguesa, RTP - Radiotelevisão Portuguesa CPC - Centro Português de Cinema, Cinequipa Dir. Fotografia Solveig Nordlund, Manuel Costa e SilvaMúsica João Paes Dir. Produção Henrique Espírito Santo Marcílio Krieger António Lagrifa

Amor de dois jovens, Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, contrariado pelas respectivas famílias, que se odeiam, leva Teresa ao convento e Simão à cadeia, ela por recusar-se a casar com Baltasar Coutinho seu primo, que a pretende, ele , mais tarde, por ter assassinado Baltasar, que se lhe atravessara no caminho. Condenado a dez anos de degredo na Índia, Simão parte, enquanto Teresa morre tísica no convento. Simão morre também alguns dias depois, no barco que o leva ao degredo. ~ Esther de Lemos

A Estrangeira de João Mario Grilo (1983)

Realização João Mario Grilo Argumento Joã Mario Grilo e Michael Graham EdiçãoRoberto Perpignani Produção Paulo Branco Musica D’Almeida

André tem uma encantadora casa junto ao mar em Portugal, uma casa que guarda todas as suas memórias de infância . Afora isto o eminente divórcio traz-lhe de volta as memórias da sua mãe e da sua morte extemporânea, mas também as memórias da morte do seu pai na Guerra Civil Espanhola. Começa a perceber que a pequena vila fôra tudo o outrora conhecia. À medida que as imagens o transportam até à sua infância, apercebe-se que tem de se libertar do peso que as antigas relações de infância exercem sobre ele e, finalmente, enfrentar o divórcio e a peda da sua casa e tudo o que isso envolve -- Uma tarefa extremamente difícil dado que se encontra numa crise pessoal. ~ Eleanor Mannikka, All Movie Guide

Doc's Kingdom de Robert Kramer (1987)

Realização e Argumento Robert Kramer

Um doutor americano está a operar num subúrbio em Lisboa. Doc, o alter ego de Kramer, vive uma existência dolorosa entre o seu armazém no cais e o hospital. A solidão e o alcoól são sinais de uma vida conturbada. O seu passado assombra-o. Jimmy, o seu filho, perseguido pela morte da sua mãe, encontra-o e está determinado a, finalmente, travar conhecimento com ele. O reino de Doc é pobre e um irrisório reino de um solitário rei Lear. Trata-se de um filme sobre a morte da utopia.

Relação Fiel e Verdadeira de Margarida Gil (1989)

Realização e Argomento Margarida Gil

Filha mais velha de uma família nobre, descendente de Afonso de Albuquerque, Antónia Margarida de Castelo Branco vê-se, aos dezoito anos, orfã de pai e na incerteza de um futuro : não sente qualquer inclinação, como era desejo de seu pai, para a vida religiosa e não encontrou ainda pretendente digno de seu nome e fortuna.
Seu irmão mais novo ( Afonso ) é a sua companhia preferida, e é precisamente na sua companhia, quando assiste a um serviço religioso, que Antónia Margarida vê pela primeira vez Brás Teles de Menezes, o seu futuro esposo.
Brás é um nobre arruinado pelos infortúnios da política e de um escândalo financeiro que maculou a reputação da família e levou seu pai ao suicídio. Exaltado e excessivo, jogador e perdulário, Brás goza das boas graças da mãe Antónia que, provavelmente devido a antigas alianças entre as duas famílias, paga a suas expensas o dote da filha.
Assim começa uma relação amorosa de que se verão ao longo filme diversos aspectos profundamente contraditórios. Ser violento e apaixonado, um pouco infantil e quase buçal face a esta mulher inteligente e reservada , Brás em breve se torna a presa de ciúmes obsessivos e presumivelmente infundados.
A fortuna de Antónia Margarida rapidamente acaba…

Rosa Negra de Margarida Gil (1992)

Realização e Argomento Margarida Gil Produção Maria João Mayer e Francisco SantosMusica João Gil

Paroles de Anne Benhaiem (1992)

Realização e Argomento Anne Benhaiem

Ficção documental sobre os limites e as maravilhas da palavra que pode revelar uma pessoa através das suas hesitações e das suas afirmações, as suas mentiras ou a sua espontaneidade, os seus lugares comuns ou as suas invenções linguísticas.

http://www.youtube.com/watch?v=QanmyvMw670

http://www.joaocesarmonteiro.net/

blog do Espaço de Memória e do Pátio de Letras: Amin Malouf, os jardins de luz do maniqueísmo

blog do Espaço de Memória e do Pátio de Letras: Amin Malouf, os jardins de luz do maniqueísmo

Entrevista a Sérgio Alprende, 2009

“Em função do encontro dedicado à Nouvelle Vague Japonesa, publicamos agora uma entrevista exclusiva com Sérgio Alpendre, que editou a revista Paisà e atualmente é crítico de cinema da Contracampo. Ele promove, ao lado de Francis Vogner dos Reis e Luiz Carlos Oliveira Jr., o curso Panorama do Cinema Japonês e também escreve no blog chip-hazard.

Qual seriam as principais características da ruptura chamada de ‘Nouvelle Vague’ Japonesa? Essa ruptura é bem demarcada?

Revendo os filmes agora, não sei se dá para identificar uma ruptura. Talvez em alguns filmes, de alguns diretores. Oshima, Suzuki, aí sim existe uma ruptura. Mas Imamura, por exemplo, que é o melhor diretor dessa geração da Nuberu Bagu (apesar de não se identificar como parte do movimento), explora o enquadramento scope como Naruse explorava desde o final dos anos 50. Em alguns filmes mais radicais do Oshima, do Suzuki e do Yoshida temos, sim, uma certa ruptura, principalmente na segunda metade dos anos 60, quando os dois últimos começaram a brincar com o desenquadramento. Suzuki extrapolou com A Marca do Assassino. Yoshida chegou no limite com Purgatório Eroica. Aí podemos dizer que houve uma ruptura com o cinema clássico.

Ao que os cineastas do Japão assistiam? E o que guiava a intenção das produtoras de cinema japonesas na época?

Essa geração via muito cinema americano. Alguns mais intelectualizados, como o Yoshida, mergulhavam na Nouvelle Vague. Mas o cinema americano me parece ter um peso maior, como podemos ver nos filmes do Shinoda, do Imamura, mesmo do Oshima.

O que as produtoras queriam era um meio de concorrer com a televisão. Por isso investiram em diretores mais jovens, dando maior liberdade para eles. Tudo começou com a Shochiku, que permitiu as experiências de Oshima, Shinoda e Yoshida, o núcleo da Nuberu Bagu.

Existe uma sintonia formal e temática com os cinemas novos ocidentais?

Existe. Principalmente com o filme B americano e com a Nouvelle Vague.

O personagem feminino é elemento marcante no cinema japonês. Há alguma mudança na retratação do drama feminino a partir do cinema novo?

Há uma mudança principalmente nos filmes do Imamura, que era um grande admirador de Mizoguchi (percebe-se isso em seu cinema). Mas suas mulheres não aceitavam o sofrimento, como as de Mizoguchi. Elas revidavam, combatiam a brutalidade dos homens. Exemplo perfeito disso está em Todos Porcos.

Há alguma cineasta fundamental daquele período que não é considerado dessa ruptura? alguém que surgiu nos anos 60, mas não acabou englobado como nouvelle vague japonesa?

Tem o Kobayashi, que fez seus principais filmes nos anos 60. Tem também o Sugawa, que era sensacional. Fora eles, lembro, de cabeça, de Okamoto, Shindo, mas tem muitos mais…

O que tem o cinema de Teshigahara, Oshima, Imamura, Hani e Yoshida que o cinema de Ozu, Mizoguchi, Kurosawa, Naruse não tem? Há uma ruptura forte entre o cinema clássico japonês e o cinema moderno?

Não acredito que haja uma forte ruptura. Há um prosseguimento. Naruse já tinha mudado bastante seu cinema durante a década de 50, principalmente na adaptação ao formato scope. Pode haver uma adequação aos novos tempos. Mas Mizoguchi, principalmente, continuou a ter um peso muito forte para esse pessoal mesmo que eles não reconhecessem.

Qual a referência desses filmes para o cinema japonês (e oriental como um todo) contemporâneo?

Eu vejo muita influência da Nuberu Bagu nos filmes do Wong Kar-wai, por exemplo. Em alguns policiais de Hong Kong também.

Para temrinar, você poderia fazer um top 10, ou dizer os filmes essenciais ou seus favoritos da ‘Nuberu Bagu’?

Ampliando o termo, e incorporando cineastas que não se consideravam da Nuberu Bagu, chego à seguinte lista de favoritos pessoais:

1) Desejo Assassino, Shohei Imamura
2) A Mulher das Dunas, Hiroshi Teshigahara
3) Tóquio Violenta, Seijun Suzuki
4) Noite e Névoa no Japão, Nagisa Oshima
5) Todos Porcos, Shohei Imamura
6) Eros + Massacre, Yoshishige Yoshida
7) O Profundo Desejo dos Deuses, Shohei Imamura
8) Flor Seca, Masahiro Shinoda
9) Um Trato em Canção Japonesa Pornô, Nagisa Oshima
10) As Termas de Akitsu, Yoshishige Yoshida”

In http://cine-f.blogspot.com/2009/10/entrevista-com-sergio-alpendre.html